“Recentemente nós recebemos a documentação da via epidemiológica estadual, onde ela nos orienta e nos dá o sinal de alerta referente à questão do sarampo. Não há motivos para que a população entre em pânico, é apenas um sinal de alerta e orientação”, informou a enfermeira gerente de Vigilância Epidemiológica de Alta Floresta, Fernanda Santos.
Com casos da doença registrados em municípios próximos, em investigação de origem da doença, o município de Alta Floresta recebeu a orientação da busca ativa da população alta-florestense, compreendendo as crianças dentro de até cinco anos e adultos até 49 anos, para que verifiquem os seus cartões de forma que tenham o registro da vacina de sarampo.
“Uma nova normativa técnica do estado foi enviada com orientação, onde nós temos que dar uma atenção especial aos profissionais que estão em contato com turistas, então a orientação é que estes por sua vez façam a busca de seus cartões e levem ao conhecimento das Unidades Básicas de Saúde para que verifique se há o registro da dose de sarampo, são estes os indivíduos que trabalham em pousadas, hotéis, restaurantes, taxistas, os funcionários do aeroporto recentemente nós já fizemos contato e estamos preparando o dia pra que eles sejam imunizados conforme a caderneta de vacinação e para a população alta-florestense, procure a Unidade Básica de Saúde preferencialmente o enfermeiro ou técnico da sala de vacina para que identifique a vacina da tríplice viral”, destacou Fernanda Santos.
Conforme Fernanda, a Tríplice Viral é uma vacina de rotina que tem fluxo de estoque, mas, mesmo assim a secretaria de saúde tem a dificuldade de trazer os indivíduos, mesmo através das buscas ativas, às Unidades de Saúde para a imunização.
“O Brasil nas últimas semanas liberou estatística de que as crianças brasileiras nos últimos cinco anos foram imunizadas com índice de 76%, e Alta Floresta os dois últimos anos também não foge ao índice de baixa cobertura vacinal dessas crianças, os riscos que estão relativos a isto são as doenças que compreendem essas vacinas que podem estar voltando, como o caso do sarampo, da coqueluche, da poliomielite, porque a partir do momento que nós vacinamos estas crianças nós criamos um cinturão de cobertura que passa de geração a geração. A partir do momento que o indivíduo, a mãe, não tem a preocupação relativa a essa vacinação, quebra-se esse ciclo e coloca-se em risco toda a população e sociedade”, concluiu Fernanda Santos.
Saiba mais sobre o sarampo
Além da vacina, informação tem sido uma aliada no combate à doença. Confira as principais dúvidas sobre o sarampo e saiba como combatê-lo:
O que é o sarampo?
O sarampo é uma doença infecciosa aguda, transmitida por um vírus e extremamente contagiosa.
Como ocorre a transmissão?
Como uma gripe.
O vírus é transmitido por meio de secreções expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar.
Também há casos de contágio por dispersão de aerossóis com partículas virais no ar, em ambientes fechados, como escolas, creches e clínicas.
O período de maior transmissibilidade ocorre dois dias antes e dois dias após o início das erupções cutâneas, um dos sintomas da doença.
Quais os sintomas da doença?
Febre alta, acima de 38,5°C; erupções cutâneas; tosse; coriza; conjuntivite e manchas brancas que aparecem na mucosa bucal.
Como é o diagnóstico?
O diagnóstico é realizado por meio de exames de sangue que detectam anticorpos IgM na corrente sanguínea na fase aguda da doença, desde os primeiros dias até quatro semanas após o aparecimento das erupções na pele.
Quais as formas de prevenção?
A vacinação contra o sarampo é a única maneira de prevenir a doença.
O Ministério da Saúde oferece de forma gratuita uma dose da vacina tríplice viral aos 12 meses de idade e a segunda dose da vacina tetra viral aos 15 meses de idade.
Pessoas de outras idades que ainda não se vacinaram também têm direito à vacinação gratuita até os 49 anos. Nesse caso, apenas uma dose é administrada.