Sintep/MT debaterá em Assembleia Geral dia 21, greve em defesa da vida
O Conselho de Representantes levará para Assembleia a defesa pela vida e suspensão dos trabalhos remotos, caso o governo insista na retomada das atividades presenciais nas escolas, antes que os trabalhadores estejam imunizados.
O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) deliberou a realização de Assembleia Geral, virtual, no próximo dia 21 de maio. Na pauta encaminhamento para greve geral, com suspensão dos trabalhos remotos, caso o governo estadual insista na retomada das atividades presenciais nas escolas, antes que os trabalhadores estejam imunizados. A decisão foi defin ida no Conselho de Representantes da categoria, encerrado domingo (16/05), após dois dias de debates,
O presidente do Sintep/MT, Valdeir Pereira, orienta que os trabalhadores da educação desconsiderar a portaria nº 333, da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT), que definiu o retorno das atividades remotas presenciais nas escolas a partir desta segunda-feira (17/05).
No pronunciamento em vídeo que divulgado nas redes sociais do Sintep/MT , o presidente esclarece que o Sindicato atua para a continuidade dos trabalhos remotos, em home office. “Assembleia Geral votará os encaminhamentos que terá como pauta a defesa pela vida e a necessidade urgente do governo assegurar aos estudantes equipamentos e conectividade para participarem das aulas remotas “, destacou .
A deliberação do CR destacou que até mesmo com a defasagem salarial e com as inúmeras perdas que estão sendo impostas aos profissionais da educação, neste momento, a luta maior é em defesa da Vida. “Temos conhecimento do que significa a volta às atividades nas escolas com 100% dos profissionais presentes, e o impacto que isso provoca para a saúde coletiva”, destacou Valdeir Pereira.
Durante o CR os profissionais apontaram a falta de estrutura das escolas, para higienização, com falta inclusive de sabonetes nos banheiros e demais materiais de higiene. Os trabalhadores citaram que os profissionais em atividade nas unidades, sequer receberam equipamentos de proteção individual, testagem, ou protocolo sanitário para quando o servidor é diagnosticado com Covid-19 na escola . “É preciso reafirmar aos trabalhadores que a Covid-19 quando comprovada a contaminação no ambiente de trabalho é considerada como acidente de trabalho”, destaca Valdeir.
O dirigente reforça a necessidade dos profissionais fazerem a resistência contra o descaso do governo Mauro Mendes com a vida dos trabalhadores. A constatação foi destaque na fala de um dos integrantes do debate quando registrou o desprezo do governo com o quadro de professores positivados, já que a orientação da Seduc/MT é para que os docentes em home office, contaminados, continue o trabalho remotamente, apesar do direito à licença médica.”, relata Valdeir.
Mesmo com o foco na defesa da retomada das aulas apenas com vacinação para todos os educadores, o Sindicato tratou das questões salariais e do achatamento salarial no estado, registrado em mais de 35% nos últimos três anos. Abordou ainda, o descaso dos gestores municipais que promovem desmonte do piso salarial da categoria nas redes municipais, a partir da interpretação equivocada da Lei nº 173/2020.
“Interesses economicistas das gestões nas prefeituras estão fazendo com que os prefeitos não cumpram cpm os direitos cpnstitucionais da recomposição salarial”, argumenta o presidente do Sintep/MT que cobra mobilização dos trabalhadores na rede municipal para exigir o que é direito.
As pautas debatidas trataram sobre o processo de desmonte com redimensionamento de matrículas nas redes estadual e municipais projeto de avaliação estadual (AvaliaMT), apostilamento, e também sobre o programa de formação de professores, “Trilha Pedagógica”, um programa totalmente desconectado com a realidade dos educadores e considerado inexpressivo para melhorias na qualidade educacionais dos estudantes estaduais.
Os trabalhos foram concluídos com agenda de lutas e atividades da Central Unica dos Trabalhadores (CUT) e Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE).
*atualizada
Fonte: Assessoria/Sintep-MT