Profuncionário é pauta de luta do Sintep/MT
O curso de formação para cargo e funções tem hoje uma demanda de mais de 6 mil profissionais agendados.
Após a suspensão da oferta do Programa Profuncionário, pelo governo Mauro Mendes, o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) busca agenda com o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), para retomar a parceria e avançar na qualificação dos funcionários da escola. O curso de formação para cargo e funções tem hoje uma demanda de mais de 6 mil profissionais agendados, tanto da rede estadual como das redes municipais.
O Sindicato encaminhou a solicitação de agenda de audiência com o novo reitor do IFMT, professor doutor Julio César dos Santos, que tomou posse em abril de 2021. O objetivo é retomar o diálogo para convênios de formação ( Profuncionário, cursos Técnico de Desenvolvimento Infanti), em especial dar continuidade ao Curso Superior em Processo Educacional. “Estamos em busca da retomada dos trabalhos do grupo entre Sintep-MT e IFMT, e conclusão do convênio, assim como, a possibilidade de uma definição de calendário para início das turmas”, destacou o presidente do Sintep/MT, Valdeir Pereira
Para o Sintep/MT, o descumprimento da política de qualificação profissional para Técnicos e Apoios Administrativos Escolares – TAE e AAE – é mais um retrocesso que os trabalhadores da educação de Mato Grosso vivenciam. A prática de desmonte se reafirma com ataques aos direitos como; calote na Revisão Geral Anual e descumprimento da Lei 510/203, dobra do poder de compra, terceirização e suspensão de convocação dos concursados.
O secretário adjunto de Funcionário, Klebis Marciano, alerta para a contradição apresentada pelo governo, quando penaliza o segmento com ataques aos direitos conquistados. “A política do governo Mauro Mendes regride o papel do trabalhador da educação a práticas da década de 80, retomando a ideia de que o funcionário de escola é mero tarefeiro. E sempre reafirmamos a defesa freiriana de que ‘todos no espaço escolar são educadores’ e isso exige uma formação específica”.
Klébis ressalta o descaso aos Técnicos e Apoios, principalmente porque arriscaram a vida na linha de frente das escolas durante o período de pandemia. Foram os responsáveis pela entrega de material escolar dos estudantes e do kit alimentação escolar. “Não houve sequer uma capacitação efetiva para a segurança desses profissionais. Cartilhas com orientações, uso da máscara e álcool em gel, não podem ser considerados como ações de segurança”, destacou.
“Apesar das conquistas dos trabalhadores da educação é preciso resistência para lutarmos para manter o que conquistamos, diante das recorrentes intervenções dos governos. O Sintep/MT continua lutando e defendendo a qualificação profissional, como estruturante para a Educação Pública, para carreira profissional e valorização dos funcionários de escola”, concluiu.
Fonte: Assessoria/Sintep-MT