GT do Fórum das Centrais debate as pautas prioritárias dos servidores públicos

GT do Fórum das Centrais debate as pautas prioritárias dos servidores públicos

 

GT do Fórum das Centrais debate as pautas prioritárias dos servidores públicos

A reunião, em formato híbrido, será nesta terça-feira. O GT debaterá, entre outros temas, o perfil dos gastos públicos e os desafios colocados pelo STF e pelo Congresso às condições de trabalho dos servidores

 

O Grupo de Trabalho (GT) do Fórum das Centrais Sindicais debaterá nesta terça-feira (21), as ameaças às condições de trabalho dos servidores públicos brasileiros, a precarização e a retirada de direitos que vêm sendo colocadas em ação. O debate será realizado das 10h às 13h, em formato presencial e online (via zoom), na sede do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), na Rua Aurora, 957, República, centro de São Paulo.

“Os debates neste início do ano vão girar em torno das demandas do setor represadas como a regulamentação da Norma nº 151 da OIT [Organização Internacional do Trabalho] sobre liberdade sindical, negociação coletiva, as políticas nacionais, as diretrizes da carreira do setor público e o julgamento do STF [Supremo Tribunal Federal] que praticamente revogou o regime jurídico único na administração pública e o avanço da PEC [Proposta de Emenda à Constituição] 66”, conta Pedro Armengol, secretário-adjunto de Relações de Trabalho da CUT Nacional e secretário de Finanças da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef).

Em nota ao chamar os servidores públicos para o debate, o GT do Fórum das Centrais cita que o fim do Regime Jurídico Único para os servidores públicos, validado em novembro do ano passado pelo Supremo, abre ainda mais espaço para a contratação temporária no serviço público. Para piorar o quadro, a PEC 66 segue em tramitação no Congresso Nacional, com potencial de tornar ainda mais difícil para os servidores públicos o acesso à aposentadoria em todas as esferas federativas, especialmente nos estados e municípios.

A PEC 66

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 66, de 2023, articulada na marcha dos prefeitos em Brasília, visa aplicar automaticamente as regras previdenciárias da União aos estados, Distrito Federal e municípios que ainda não se adequaram à Emenda Constitucional 103/2019, a reforma da previdência promovida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro da Economia, Paulo Guedes. Também busca abrir novo prazo para o parcelamento especial de débitos previdenciários dos municípios com seus regimes próprios e o Regime Geral de Previdência Social.

Uma eventual aprovação dessa PEC possibilitaria que estados e municípios adotassem regras previdenciárias mais rígidas do que as previstas na reforma da previdência, incluindo aumentos nas alíquotas de contribuição previdenciária, potencialmente superiores a 22%. Isso representa uma carga financeira maior para os servidores e um retrocesso social significativo, desconstituindo conquistas já alcançadas, colocando em risco servidores públicos aposentados e ativos.

A PEC prevê um parcelamento de contribuições previdenciárias e demais débitos em até 300 meses, o que irá prejudicar o recebimento de valores devidos aos regimes próprios e ao regime geral. Esse parcelamento, associado a limites de pagamentos previstos na PEC também prejudicará o recebimento dos precatórios em geral, dentro os quais, os oriundos de condenações judiciais relacionados a reajustes, pisos, insalubridade e periculosidade, inclusive.

Em nota, a Direção Executiva da CUT Nacional se posicionou contrária à proposta.

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