EDITORIAL
Não a qualquer tipo de intolerância.
Hoje, 27 de janeiro, é celebrado o Dia Internacional da Memória do Holocausto. A data marca o aniversário da libertação do campo de concentração e extermínio nazista de Auschwitz-Birkenau pelas tropas soviéticas em 27 de janeiro de 1945.
Homenagem à memória das vítimas desse que é um dos mais sombrios capítulos da história da humanidade, a data reitera o compromisso inabalável das Nações Unidas em combater o antissemitismo, o racismo e quaisquer outras formas de intolerância.
Em sua mensagem alusiva à data no ano passado, o secretário-geral da ONU, António Guterres, lembrou que “o ódio antissemita que alimentou o Holocausto não começou com os nazistas, nem terminou com a sua derrota. Hoje, somos testemunhas de como o ódio se propaga a uma velocidade alarmante. Na internet, passou de marginal para ser generalizado”. Ele destaca ainda que devemos lembrar que a demonização do outro e o desdém pela diversidade são um perigo para todas as pessoas.
Este não é apenas um momento para lembrar as atrocidades cometidas pelo regime nazista, mas uma oportunidade de refletir sobre os caminhos que estamos seguindo como civilização. Deve servir de alerta para tudo que vem acontecendo no mundo e no Brasil, os discursos de ódio, as atitudes violentas, a segregação, a discriminação, a perseguição, a violência velada e/ou explícita de raça, gênero, etnias, os assassinatos, os “genocídios” em menor escala que ainda acontecem em vários cantos do planeta, muitas vezes na nossa esquina.
Por mais absurdo que possa parecer, ainda existem grupos defensores dos ideais nazistas e que seguem tais posições extremistas. Que não se importam em idolatrar líderes cujos discursos e atitudes valorizam a intolerância, o acirramento e o ódio a tudo e a todos que não compactuam com sua forma de pensar e agir.
Em nome da liberdade de expressão acham que podem fazer o que bem entendem, no entanto, sem respeitar os direitos dos outros e o senso de vida em sociedade.
Estamos nos defrontando com cenas absurdas e grotescas no nosso cotidiano e elas se tornam cada vez mais frequentes e banalizadas.
O dia de hoje serve para nos lembrar dos horrores ocorridos na Guerra e que não podemos continuar caminhando no que pode se tornar o caminho para um novo Holocausto.
Temos que frear tais movimentos com nossos pensamentos e atitudes, dizendo não a qualquer tipo de intolerância.
Fonte: Editorial do Jornal A Gazeta de 27 de janeiro de 2025.
UMA IMPORTANTE REFLEXÃO
